Entrevista com Cláudia Ohana à coluna de Bruno Astuto, da revista Época.

  • domingo, 30 de agosto de 2015
  • José
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  •      Cláudia Ohana é um dos destaques da coluna do jornalista Bruno Astuto, da revista Época.
        A atriz - que atualmente está em turnê pelo país com a peça "A Voz Humana" ,  falou sobre temas variados, como seu novo monólogo, sua experiência de viver uma bissexual no filme Zoom, e de como lida com a chegada da idade, entre outros assuntos.
          Confiram abaixo a excelente entrevista! A matéria completa está disponível no site  da revista Época (aqui). Já nas bancas!


    Cláudia Ohana, posando para as lentes de Pino Gomes. Maravilhosa! 


    1) Incomoda ser lembrada até hoje pela falta de depilação?

    Às vezes dá no saco, porque no meio de um trabalho nada a ver com isso, a pessoa me pergunta sobre pentelhos. Ainda? O engraçado é que faz mais sucesso hoje do que fez na época porque era normal as mulheres não se depilarem. Mas fiquei para a história. Hoje eu depilo, estou em outra época.

    2) Como foi fazer cena de sexo com Mariana Ximenes?

    Já fiz muita cena de sexo e nudez no cinema, mas nunca nada com mulher. Não sabia como agir. Fiquei pensando nos homens, em como eles faziam comigo. Tivemos poucos dias para criar intimidade e apesar da Mariana ser muito parceira, nunca fiquei com tanta vergonha na vida. Eu ainda era a ativa da relação e o diretor gritava no set: ''Vai lá, com pegada'. O contraponto é que sou muito mocinha, então foi difícil. Mas posso dizer que fiz minha estreia nesse sentido com pé direito, afinal Mari é linda.

    3) Como lida com o título de símbolo sexual?

    Sensualidade é uma coisa que nasce com a pessoa. E isso muda muito com o tempo. Antigamente a beleza era mais natural, hoje existe o silicone, a mulher com o corpo masculino. Gosto vai mudando e a pessoa pode ser sexy em qualquer estilo. Mas acho muito legal alguém me achar sexy. Geralmente as pessoas tinham uma curiosidade comigo. Achavam e ainda acreditam que sou uma devoradora de homens, mas não tem nada disso. Nunca me preocupei em ser sensual na cama.

    4) Como surgiu a ideia de encenar um monólogo?

    Depois que fiz Callas (com direção de Marília Pêra este ano) percebi que podia fazer um monólogo, porque Callas sofreu muito por amor e me senti corajosa. Me lembrei muito dos conselhos da Marília, que me deu toques fundamentais. Há quatro anos, quando fui dirigida por Domingos (de Oliveira) em Clímax, ele plantou a sementinha sobre o texto e fiquei com isso na cabeça. Tudo foi se encaixando, mas não temos patrocínio e fomos nós que bancamos a peça.

    5) Tem receio da crítica?

    Para o papel, tem que ter uma carga de vida, ter sofrido e isso eu conheço muito bem. Quando começo a falar o texto, o choro vem imediatamente. Existe uma entrega no palco e fico exausta no final. Teatro é uma coisa catártica, a gente deixa as dores do palco. Acredito que essa verdade será passada ao público.

    6) Já sofreu por amor?

    A gente sempre tem um amor intenso uma vez na vida. Tem gente que vive de amores intensos, mas isso cansa muito e acho meio patológico repetir o erro. Hoje isso não aconteceria comigo. No momento não estou namorando e estou solteiríssima.

    7) Como lida com a chegada da idade?

    Tenho que aceitar ou ficar histérica e viver no cirurgião plástico, e isso não faz meu gênero. Mas se algo me incomodar, faço uma intervenção tranquilamente. Reconheço que a transição foi difícil, porque tenho um visual de garota e sempre atuava como tal. Hoje estou na fase da yoga, não bebo e nem fumo e atualmente sou disciplinada. Antigamente não fazia nada, nem sobrancelha. Mas hoje temos que hidratar o cabelo, cuidar da pele... e depilar.






    Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2015/08/nunca-senti-tanta-vergonha-na-vida-diz-claudia-ohana-sobre-cena-de-sexo-com-mariana-ximenes.html

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