Biografia

  • Cláudia Ohana é uma atriz brasileira com uma longa e bem-sucedida carreira. 
    Nasceu em 6 de fevereiro de 1963, no Rio de Janeiro. Desde pequena, já tinha uma forte ligação com a arte. Sua mãe - Nazareth Ohana, que foi uma das primeiras mulheres a trabalhar em montagem de filmes no cinema brasileiro, levava a filha ainda pequena para os sets de filmagem.
            Começou precoce na carreira, aos 15 anos, rodando o filme “Amor e Traição” (de Pedro Camargo)
    Antes de conquistar seu primeiro papel como atriz, ela fazia figuração e pequenas aparições em  alguns trabalhos, como “Os Sete Gatinhos” (de Neville D'Almeida), e “Bonitinha Mas Ordinária” (de Braz Chedia).
    Cláudia aos 12 em sua primeira peça, Flictz
    Aos 12 anos, aprendeu a tocar violão, fez  aulas de canto, e queria seguir a carreira de cantora. Fez também sua primeira peça. Fictz, dirigida por Regina Casé.
    Sua vida pessoal passou por grandes mudanças quando ela enfrentou o baque de  perder a mãe num acidente de carro, em 1979. Órfã de mãe e sem o pai (que se separou de Nazareth quando Cláudia tinha 1 ano), Maria Cláudia Carneiro Silva(seu nome verdadeiro) teve que amadurecer muito cedo.  Abandonou as bonecas (que brincou até os 14) e foi brincar de casinha na vida real, indo morar num apartamento em Niterói, alugado por seu avô, que ajudava a neta com uma mesada.
      Nesta época, Cláudia também se separou da irmã mais velha, Cristina, que foi morar com o namorado. 
    Diante desse período tão complicado, o trabalho foi a salvação para Cláudia se reerguer.
    Disposta a assumir a carreira de atriz, começou a fazer aulas  no Tablado (tradicional companhia de teatro, fundada por Maria Clara Machado, em 1951, no Rio de Janeiro) e gradativamente, conquistava papéis maiores no cinema.
    Rodou  “Menino do Rio”(de Antônio Calmon), um imenso sucesso de bilheteria. e, fez rápidas aparições na TV, como no Seriado “Obrigado, Doutor”(1981), com Francisco Cuoco e direção de Walter Avancini
     Mas visando se aplicar na área, se mudou para o exterior, indo  morar  na França, Itália e Estados Unidos.
    De volta ao Brasil, Ohana estrelou em “Beijo na Boca” (1982) de Paulo Sergio Almeida, inspirado num caso real, sobre um casal que matava, e fez “As Aventuras de um Paraíba” (premiado no Festival de Brasília).
        Um pouco depois dessa época, Cláudia foi filmar aquele que viria a ser o seu grande sucesso no exterior: a produção internacional “Erêndira” (1982), falada em espanhol, com roteiro de Gabriel García Marquez, autor do livro que deu origem ao filme.
    O Diretor de Erêndira foi o moçambicano-brasileiro Ruy Guerra, que descobriu Cláudia em um programa de televisão (onde ela cantava um fado, em uma produção dirigida por Domingos de Oliveira) e a convidou para rodar essa produção no México.
    Curiosamente, Claudia recusou o papel porque já tinha aceitado o convite da cineasta Lina Wertmuller, para ir à Itália fazer Tieta na fase jovem - no filme  Miracoli e Peccati di Santa Tieta D’Agreste, estrelado por Sophia Loren.  Mas como o filme Tieta acabou não saindo, Cláudia procurou  a produção de Ruy Guerra, disposta a mostrar que podia fazer uma boa Erêndira.  Ruy  já tinha escolhido uma atriz alemã para o papel,  mas mudou os planos imediatamente.
    Cláudia e a pequena Dandara

     Um pouco depois de "Erêndira", Guerra e Ohana se casaram e tiveram uma filha, Dandara, nascida em 10 de outubro de 1983.
    Sentindo necessidade de impulsionar sua carreira no Brasil – e aconselhada por Ruy (com quem esteve casada por três anos) -  Claudia aceitou seu primeiro papel numa telenovela: Amor com Amor se Paga, de Ivani Ribeiro. Na história, Ohana fazia a Mariana, namorada do personagem de  Edson Celulari.
    Em 1985, Cláudia apareceu nua nas páginas Revista Playboy Brasileira. As fotos já tinham sido feitos para a Revista Playboy Americana. Bem jovem quando posou, ainda morando na Europa, sua  Playboy marcou época pela falta de depilação íntima.
    Continuou a fazer cinema, e rodou em 1986  “Ópera do Malandro”, dirigido por Ruy Guerra. Na história, um musical de Chico Buarque, ela   mostrou que é capaz da versatilidade que caracteriza as atrizes de primeira grandeza: além de atuar, dançou e cantou, dando um verdadeiro show!
    Na seqüência, Cláudia fez “Luzia Homem” (1987) e cantou para a trilha do filme, gravando a música “Arraial”, num dueto com o cantor Ednardo.
      Rodou outras produções de sucesso como “A Fábula da Bela Palomera” (1988), baseado em livro de Gabriel García Márquez novamente dirigida por Ruy Guerra; “Kuarup” (1989). Atuou também na co-produção franco-argentina “Les Longs Manteaux” (1987) e “Priceless Beauty” (1989), com Christopher Lambert.
    Em 1989,  voltou à televisão , ao fazer uma participação especial na novela Tieta (de Aguinaldo Silva) como a personagem central, na fase mais tocante  da novela, quando o pai a expulsa de casa. Sua atuação foi um sucesso, e ela foi  convidada a integrar o elenco da novela seguinte, "Rainha da Sucata", fazendo a jornalista Paula Ramos.
      Mas a carreira de Cláudia Ohana na televisão só começou a deslanchar mesmo quando ela decidiu fazer  a vampira Natasha, em "Vamp"(1991). Este pode ser considerado o divisor de águas da carreira de Cláudia, tanto que foi a partir desse trabalho que a atriz realmente começou a gostar de fazer tv.
    Em Vamp, ela fazia uma roqueira internacional e  gravou  sucessos musicais : “Simpathy For The Devil” (Rolling Stones), “Don’t Let The Sun Go Down on Me” (Elton John) e “Quero que Vá Tudo pro Inferno” (Roberto Carlos), além de ter cantado “Doce Vampiro”, ao lado de Rita Lee, que também fez uma participação na história.  Na novela, Cláudia mostrou ao grande público toda a sua desenvoltura e talento como cantora, deixando um gosto de quero mais. O sucesso foi tão impressionante que Cláudia  mal podia sair de casa, devido ao assédio dos fãs. 

    O seu talento vocal começou a ser divulgado também no teatro, quando Cláudia fez, em 1993, a personagem  Janet Wiess, no musical  “Rock Horror Show”, sua primeira peça, dirigida por Jorge Fernando.
    Em 1994, voltou ao cinema com a co-produção EUA-China-Brasil-Alemanha “Erotique”, no qual protagonizou o segmento brasileiro “Chamada Final”(cada país produziu um segmento do longa-metragem), de Ana Maria Magalhães.
    No mesmo ano, voltou para a televisão em Fera Ferida, ao fazer a personagem Camila, uma moça que vivia dormindo.
    Cláudia, encarnando a vilã Isabela Ferreto
    Seu talento como atriz foi coroado com a novela “A Próxima Vítima” em 1995, quando ela fez  a Isabela Ferreto, a grande vilã da megahistória de Sílvio de Abreu. Sua atuação lhe rendeu inclusive o prêmio Contigo de melhor vilã do ano.
    Paralelo à  televisão e ao cinema, Cláudia continuou a trabalhar em teatro, como nas peças "O Carteiro e o Poeta"(1997), “Desgraças de uma Criança”(1998) e na ópera “Carmem”(1999),dirigida por Augusto Boal. O trabalho vocal em Carmen acabou desenvolvendo em Cláudia uma tendinite maxilar.  Por causa disso,  ela teve que se desligar do elenco da peça e, deprimida, passou algum tempo se recuperando.  Não demorou muito para ela ser convidada para viver uma prostituta no Seriado “A Muralha”, dirigida por Denise Saraceni. Apesar de ainda não estar totalmente recuperada, ela aceitou dar vida à divertida prostituta Antônia Brides.
    Em seu show, no Hipódromo Up
       Em setembro de 2000, Cláudia enfrentou o desafio de soltar a voz na MPB, fazendo um show no Hipódromo Up, no Rio. Com a direção musical de Fernando Nunes (baixista de Cássia Eller), Ohana além de cantar, também tocou  violão, acompanhada da banda formada por Fernando Nunes no baixo, César Conti na bateria e Dudu Caribé na guitarra. 
    Em 2001, Cláudia fez uma participação especial  em “Estrela Guia”, de Ana Maria Moretzsohn e gravou para a trilha dessa novela  a música “Um girassol do seu cabelo”, de Lô Borges e Márcio Borges.
    Em 2001, ela foi especialmente convidada para viver Aurora Gutierrez, uma stripper analfabeta na novela “As Filhas da Mãe”, de Sílvio de Abreu. O papel era cômico e Cláudia foi bastante elogiada por sua interpretação nessa novela.

    Em 2002, ela gravou também a música “E.C.T”,  ao lado do empresário  Zé Maurício Machline,  que estava lançando um cd.  Machline, na época, fez dois shows, no Rio, e Cláudia também subiu aos palcos para cantar com o amigo.
    Entre 2002-2003 ela atuou na peça  “Closet Show”, e participou, na televisão, dos primeiros capítulos da novela “Canavial de Paixões”, exibida em 2003 pelo SBT. 
      Em 2004, ela viu que  era hora de experimentar coisas novas e participou do projeto As Trinta Mais Belas Cartas de Amor e traduziu do inglês uma peça inspirada no Marquês de Sade. Participou ainda do curta-metragem "Dolores", de Fábio Meira, fazendo a protagonista. 
    Sua  filha Dandara teve um filho, e Cláudia se tornou avó de Martim, nascido em 24 de maio de 2005. Nesse mesmo ano, ela  atuou na peça Cleópatra?, outro musical de sucesso; e voltou a trabalhar na TV Globo, fazendo a divertida professora Raquel,  na novela  “Malhação”.
    Em 2006, a atriz mostrou ainda mais versatilidade quando aceitou o convite de patinar e dançar no gelo, no reality show “Dança no Gelo”, exibido no programa do Faustão.  Aplicada, Cláudia arrancou aplausos do público, fazendo apresentações memoráveis em vários gêneros músicas, como  Rock, Lambada e até mesmo um Funk.
    Ainda em 2006, Cláudia voltou ao cinema para dirigir o seu primeiro curta-metragem: "Embrulho para presente",totalmente rodado em Búzios. 
    Em 2007, ela retornou ao Teatro, estrelando a peça  “Você está aí? ao lado do ator Edson Fieschi, e em 2008, foi convidada pelo meio-irmão   João Emanuel Carneiro(filho de  Arthur Carneiro, pai de Cláudia)   para fazer a caminhoneira Cida na novela “A Favorita”, fenômeno de audiência.  Para viver a personagem, ela aprendeu a dirigir caminhão e mostrou muita desenvoltura ao volante.
    Ainda gravando a novela, Cláudia foi convidada para fazer um novo ensaio à Revista Playboy. As fotos foram feitas no sertão nordestino e Cláudia mostrou que estava em plena forma. Fez aulas de circo especialmente para o ensaio, e a revista foi um sucesso de vendas.
    Em  2010, Claudia participou do Filme "Desenrola", dirigido por Solange Svartman. 
    Cláudia também voltou à tv com força total, em 2011: Participou da série "Natália", produzida pela TV Brasil; na novela "Cordel Encantado", da TV Globo, e na reprise de Vamp, pelo Canal Viva.
    Foto: Nana Moraes
    Em 2012, ela continuou em evidência.  Seu mais recente longa-metragem A Novela das Oito, do cineasta Odilon Rocha,  chegou às salas de exibição em março. Meses depois da estreia do filme, Ohana está de volta à TV no quadro "Dança dos Famosos", do Domingão do Faustão. Ao lado de Patrick Carvalho, fez bonito no palco e mostrou todo o seu talento como dançarina, conquistando o vice-campeonato da Dança dos Famosos! 
    Em janeiro de 2013, Ohana voltou aos palcos com a peça "Clímax", com texto e direção do dramaturgo Domingos de Oliveira. No carnaval do mesmo ano, ela brilhou na Marquês de Sapucaí, ao desfilar na comissão de frente da escola Independentes de Belford Roxo, dando um show de alegria,  jovialidade e elegância. Também em 2013, Ohana também brilhou nos palcos como a protagonista Teodora, do musical "Enlace, a loja do ourives" e também brilhou na Tv como a Laura, da novela"Joia Rara".  
    Em 2014, Ohana brilha na TV como a Dra.Valentina, do seriado PSI, exibido pela HBO, na peça "Callas" e também em "Amor Perverso".
    Em 2015, Cláudia voltou à TV com a segunda temporada da série PSI, e no Teatro, com a peça "A Voz Humana"
     Em 2016 Ohana fez o musical "Uma luz cor de luar", em São Paulo e também o   musical "Forever Young", também na capital paulista.
    Foto: Paschoal Rodriguez

     Na área da televisão, La Ohana voltou às novelas em 2016 e início de 2017 com a Loretta, da novela Sol nascente, na Globo.
      Na área do Cinema, Cláudia trabalhou bastante nos últimos anos: Atuou no filme Zoom, de Pedro Morelli; no filme Mais forte que o mundo, a história de José Aldo. E também atuou em uma filme ainda não lançado chamado "Hand of the creator", de Odilon Rocha, longa metragem rodado em Londres.
    Em 2017, mais um musical e dessa vez super especial! VAMP O MUSICAL, com Ohana na pele da ícone vampira Natasha, que ela interpretou em 1991 e 1992 na novela Vamp. 
    Aos 54 anos, Cláudia coleciona bons papéis e boas críticas por suas atuações. Elogios também, claro, não lhe faltam quando o assunto é beleza. Ela  se cuida muito, nunca fez plástica      e continua arrancando suspiros!
    Ohana  é uma  mulher inspiradora, cheia de energia e atitude. Enfim,  uma grande estrela digna de todos os elogios e aplausos!  

    Grande Ohana! 

    Oh!Ohana